Pesquisar

domingo, 1 de maio de 2011

Ele, Ela e A Outra V

Ele chegou a casa satisfeito por finalmente ter colocado um ponto final em toda a situação com A Outra. Procurou nos bolsos pela chave de casa, mas não a encontrou, usando a suplente que se encontrava sob o vaso ao lado da porta da cozinha. Sentiu movimento no quarto, e sentiu o cheiro das velas com que partilhara a última noite de verdadeiro amor aquando o aniversário de namoro. Sorrateiramente, foi-se despindo e deixando as peças de roupa pelo chão, até ficar completamente nu. O quarto estava iluminado apenas por algumas velas, e sobre os lençóis de cetim da cama encontravam-se espalhadas algumas pétalas de rosa. Ele viu um corpo sob os lençóis, completamente tapado. Juntou-se a ele, e sentiu aquele cheiro a perfume que tanto gostava. Beijou-a, sentindo o seu corpo. Por momentos pareceu-lhe diferente mas estranhamente familiar, mas deixou-se levar naquele momento que há muito esperava.
Subitamente, a luz do quarto acende-se. Foi como se o tempo quebrasse. Ele sentiu-se confuso. Retirou o lençol sob o qual estava tapado olhando em direcção à porta do quarto. Era Ela. Não quis acreditar, esfregou os olhos, e olhou novamente. Continuava a ser Ela. Já sentindo saber a resposta, olhou sub-repticiamente para o lado, confirmando aquilo que suspeitava: era A Outra. Ela estava paralisada à porta do quarto. Não sabia como reagir. Não sabia se havia de gritar ou chorar, de explodir ou fugir. Mil e um pensamentos percorreram-lhe freneticamente a mente. Ficou especada sem saber o que fazer ou dizer. Ele expulsava A Outra da cama agressivamente. Ao sair da cama, Ela reparou na roupa interior que A Outra tinha vestida. Nada mais nada menos que aquela que usara no casamento. Foi a gota de água. Precipitou-se agressivamente na direcção da loira sensual atacando-a ferozmente. Meio amedrontada, A Outra ficou sem capacidade de ripostar, enquanto era fortemente espancada por Ela e levada em direcção à porta, colocando-a porta fora e jogando a roupa para cima do corpo estendido no chão, fechando a porta num estrondo. Ela respirava ofegantemente, com o coração a bombar a adrenalina corpo fora. Abriu novamente a porta e violentamente retirou a roupa interior que A Outra tinha colocado e lhe pertencia, sem qualquer resistência.

1 comentário: